Santa Paulina foi registrada com o nome de Amábile Lúcia Visintainer.
Nasceu em 16 de dezembro de 1865, na cidade de Vigolo Vattaro, na região de Trento, norte da Itália.
Seus pais Anna Pianezzer e Antônio Napoleone eram cristãos fervorosos, mas muito pobres.
Em 25 de setembro de 1875, aos 9 anos, Amábile e sua família mudaram-se para o Brasil devido à grande crise econômica do Sul-Tirol e instalaram-se no interior de Santa Catarina, em outubro de 1875, atual município de Nova Trento.
Em 1887 ela ficou órfã de mãe e cuidou da família até seu pai casar-se novamente.
Quando estava com 14-15 anos, o padre responsável pela região percebeu o espírito comprometido e sábio dela e incumbiu-a de lecionar o catecismo às crianças, ajudar os doentes e manter limpa a capelinha do vilarejo.
Amábile assumiu de corpo e alma esse compromisso levando consigo a amiga Virgínia Nicolodi. Certamente essa incumbência amadureceu a vocação religiosa de Amábile.
Em 12 de julho de 1890, juntamente com sua amiga Virgínia, já formavam um grupo e acolheram Ângela Lúcia Viviani, doente de câncer, dando assim início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, aprovada em 25 de agosto de1895 pelo Bispo de Curitiba (Paraná), Dom José de Camargo Barros.
Em 7 de dezembro de 1895, na Profissão Religiosa, Amábile assumiu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus (Madre Paulina) e suas companheiras: Virginia, o nome de Irmã Matilde da Imaculada Conceição e Tereza, o nome de Irmã Inês de São José.
A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição foi a primeira Congregação feminina fundada no Brasil.
Irmã Paulina foi nomeada Superiora da pequena Congregação e passou a ser chamada de Madre Paulina.
Ela guiou com simplicidade e sabedoria a Congregação como Fundadora e Superiora Geral, fundando escolas, hospitais, educandários e lares geriátricos.
Por causa da santidade e trabalho das Irmãzinhas, Madre Paulina foi chamada a estender sua obra em São Paulo.
Em 1903, Madre Paulina e algumas irmãs chegaram a São Paulo, mais precisamente no bairro do Ipiranga.
Logo ela iniciou uma obra importante: a obra da Sagrada Família cujo objetivo era: cuidar de idosos, ex-escravos e suas famílias que viviam em péssimas condições após a abolição da escravatura e seus descendentes órfãos.
Em 1909 Madre Paulina foi injustamente destituída do Cargo de Superiora Geral, pelo Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, que a enviou para Bragança Paulista (São Paulo).
Madre Paulina num exemplo de obediência acatou a ordem, mesmo que em lágrimas de dor, e disse que estava pronta para entregar a Congregação a uma nova Superiora.
Em Bragança Paulista trabalhou como lavadeira, faxineira e enfermeira, cuidando de doentes e idosos.
Em 1918 suas virtudes de humildade e obediência foram reconhecidas, sendo então chamada, pela mesmo Arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva, de volta à casa geral da Congregação, no Ipiranga (São Paulo), para viver entre as novas irmãs e servir de exemplo e testemunho cristão.
Logo ela iniciou seu trabalho e se destacou no serviço às irmãs enfermas, na confecção de flores artificiais e rosários.
Em 1938 ela estava fazendo seus trabalhos no porão da casa geral, quando fez um corte em seu dedo médio da mão direita.
Ela era diabética e não cuidou direito do dedo ferido. A ferida se transformou em gangrena diabética e teve de amputar o dedo. Com o avanço da doença, teve posteriormente que amputar o braço.
A partir de agosto de 1940, Madre Paulina foi ficando cada vez mais doente e acabou ficando cega devido a s complicações do diabetes.
Em 09 de julho de 1942, em São Paulo, Madre Paulina encerra sua missão na terra, aos 76 anos de idade, deixando: 45 casas das Irmãzinhas em 50 estados do Brasil e 127 cartas escritas em italiano, contando sua vida, provações e superações.
Em 18 de outubro de 1991 ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II, em Florianópolis (Santa Catarina), recebendo o título de Bem-Aventurada.
No dia 19 de maio de 2002 foi canonizada no Vaticano pelo mesmo Papa João Paulo II que lhe concedeu o título de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, após comprovação, pela Santa Sé, de dois milagres recebidos por fieis que invocaram sua intercessão e foram curados. Assim ela passou a ser a primeira Santa canonizada no Brasil.
Santa Paulina é protetora dos enfermos, principalmente por doentes com câncer, parturientes, mães que pedem cura para seus filhos e idosos.
A festa de Santa Paulina é celebrada no dia 09 de julho.
Hoje, as Irmãzinhas da Imaculada Conceição continuam o trabalho implantado por Santa Paulina, através de Ações Evangelizadoras nas áreas da Educação, Terceira Idade, Saúde e nos Serviços de Apoio, engajando-se nas lutas do povo em busca da melhor qualidade de vida.
Santa Paulina rogai por nós!

CRÉDITO:
https://www.cruzterrasanta.com.br > história-de-madre-paulina
https://www.astrocentro.com.br > blog > espiritual > santa-paulina
https://www.ebiografia.com > madre-paulina
https://www.famapabrasilia-wordpress.com >história-de-santa-paulina
Folheto: Novena a Santa Paulina